setembro 03, 2008


Grãos de areia, um mar de palavras para te contar mas é quase maré vazia e eu jamais to diria que a cada sorriso me perco no teu sal.
Forço os sentidos a reunirem todas as sensações sem olhar, ouvir, cheirar, tocar, saborear...
Um mar de palavras naufragam pouco a pouco na distância, no tempo que passa, na profundidade sem luz, sem ar e sem espaço.
Apenas os grãos de areia me vão sustentando, preenchendo os espaços da teia, da história entrelaçada do viver e esperar nada.
Maré vazia de coragem e já sem pé..
Maré cheia de certeza a cada suster de respiração.
Ondas de frequência incerta rebentam no meu coração e um mar de palavras enrola-se na areia, silenciando a minha canção.


adc