junho 13, 2006

"Veinte poemas de amor y una canción desesperada"



Quanto não te doeu acostumar-te a mim,
à minha alma solitária e selvagem, a meu nome que todos
afugentam.
Tantas vezes vimos arder o luzeiro nos beijando os olhos
e sobre nossas cabeças destorcer-se os crepúsculos
em girantes abanos.
Sobre ti minhas palavras choveram carícias.
Desde faz tempo amei teu corpo de nácar ensolarado.
Chego a te crer a dona do universo.
Te trarei das montanhas flores alegres, copihues,
avelãs escuras, e cestas silvestres de beijos.

Quero fazer contigo
o que a Primavera faz com as cerejas.

Pablo Neruda

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